sábado, 18 de setembro de 2010

“A mente apaga registros duplicados”

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e, portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.

É quando você se sente mais vivo.

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência). Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações ... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA ! A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).

* Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.

* Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

* Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

* Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.

* Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo...

* Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente, beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

* Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.

Seja diferente do que você é agora ! Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... em outras palavras... V-I-V-A. !! Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o. do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é? Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.
Por Airton Luiz Mendonça (Artigo do jornal O Estado de São Paulo)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

"Ganho Desonesto"

Em razão de sua elevada posição e visibilidade, os maiores líderes profissionais e empresariais do mundo, freqüentemente estão nos noticiários. Quando suas empresas apresentam lucros significativos, anunciam inovações tecnológicas ou produtos que traçam novos caminhos, ou realizam grandes aquisições, esses CEO’s são repentinamente colocados sob os holofotes da mídia. Mas nem sempre tais notícias são as melhores.
Com freqüência ouvimos e lemos relatos depreciadores sobre falta de ética, manipulação de dados financeiros, sonegação de impostos, uso de informações privilegiadas, negócios enganosos para clientes, manobras desleais para obter vantagens competitivas, relatórios de despesas falsas ou excessivas. A lista poderia ir longe...
A questão é para alcançar seus “15 minutos de fama” (como disse aos atrás certo observador da sociedade), você não gostaria que esse reconhecimento se concentrasse sobre suas realizações positivas, ao invés de focar sobre relatos de deficiências morais ou éticas? Você não gostaria que o balanço final de sua carreira resultasse em algo digno de admiração, em vez de torná-lo objeto do ridículo e do desprezo?
Certamente que todos preferimos ser conhecidos por comportamentos e performances positivos e louváveis. Mas, como podemos ter certeza de que assim será? Que passos podemos adotar para evitar os tropeços e armadilhas da ambição mal dirigida e descuidada, da avidez e do engano?  Não existe uma resposta única e simples para essas questões, considerando em particular, o cotidiano profissional e empresarial, complexo e fértil em oportunidades para atalhos éticos ou uso indevido para vantagem pessoal, das circunstâncias com que nos deparamos. Entretanto, uma salvaguarda pode ser encontrada, na busca de uma visão de longo prazo para nossas ações e planos. Será que a estratégia aparentemente vantajosa e atrativa no presente, permanecerá igualmente interessante no futuro, depois que as ramificações dessa decisão forem reveladas? Em outras palavras, poderiam essas “recompensas” imediatas, ter mais tarde conseqüências devastadoras para nós e para terceiros? O antigo livro de Provérbios nos fala sobre isso:
Os fins e os meios devem estar acima de qualquer suspeita. Às vezes, consideramos prontamente quaisquer meios, no afã de atingir nossos objetivos, mesmo que sejam questionáveis, quando são óbvia e incontestavelmente errados. O emprego de meios duvidosos pode facilmente resultar em grande perda – nosso sustento, carreira profissional, família, amigos, reputação e muito mais. “Tal é o fim de todos os que vão atrás do ganho desonesto; ele toma as vidas daqueles que o obtêm” (Provérbios 1.19).
O impacto a longo prazo pode frear a imprudência. Se pensarmos apenas naquilo que queremos, e para já, nossas decisões serão bem diversas das que tomamos quando temos em mente, primeiramente, os melhores interesses de outras pessoas. “O governador tirânico carece de discernimento, mas os que odeiam o ganho desonesto desfrutarão de uma vida longa” (Provérbios 28.16). Prudência no presente pode significar recompensas no futuro. Se formos cautelosos em nosso modo de vida pessoal e profissional, considerando cuidadosamente o impacto final de nossas ações, a probabilidade de agirmos de forma errada e algum dia termos que pagar por nossos erros fica enormemente diminuída. “Quem procede com integridade viverá seguro, mas quem procede com perversidade de repente cairá” (Provérbios 28.18).
Por Robert J. Tamasy - Maná da Segunda

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"...entre tantas propagandas políticas...há coisas boas!"

Campanha espalhada pela cidade de São Paulo através de Outdoors:

1. "Crie filhos em vez de herdeiros."
2. "Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem  
      para tomar um sorvete."
3. "Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da
      janela."
4. "Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para
      quem você ama."
5. "Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."
6. "Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"
7. "Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."
8. "Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."
9. "Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e
      não o seu preço."