domingo, 29 de novembro de 2009

Coisas simples . . .


" Uma amizade nasce no momento em que uma pessoa diz para a outra: O quê? Você também! Pensei que eu era o único?"  
C. S. Lewis

Clive Staples Lewis, conhecido como C. S. Lewis, (Belfast, 29 de Novembro de 1898 – Oxford, 22 de Novembro de 1963) foi um autor e escritor irlandês que se salientou pelo seu trabalho acadêmico sobre literatura medieval e pela apologética cristã que desenvolveu através de várias obras e palestras. É igualmente conhecido por ser o autor da famosa série de livros infantis de nome As Crônicas de Nárnia.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Paciência


"Se fiz descobertas valiosas, foi mais por ter paciência do que qualquer outro talento."
(Isaac Newton)

sábado, 21 de novembro de 2009

Boas informações para a manutenção no templo ... confira !!


O brasileiro está mais alto e morre menos de doenças de coração. Em compensação, está mais gordo e morre mais de diabete. A conclusão está em dados preliminares de um estudo divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. Intitulada Saúde Brasil 2008, a pesquisa constata mudanças no perfil nutricional brasileiro. O País sai de um estado de desnutrição para o sobrepeso: 43,3% das pessoas com mais de 18 anos que vivem nas capitais estão com o peso acima do ideal. "Há uma redução expressiva na subnutrição, especialmente na população infantil, mas há também uma má qualidade na alimentação, além da falta de atividade física", disse Deborah Malta, uma das responsáveis pela pesquisa. "A obesidade já significa um problema importante na saúde pública." A pesquisa aponta ainda que as crianças brasileiras estão cada vez mais altas e perto do padrão internacional estipulado pela Organização Mundial de Saúde. E os índices de desnutrição caíram. Em 1996, a desnutrição atingia a 13,4% das crianças com menos de 5 anos. Em 2006, caiu para 6,7%.  A combinação de um programa estruturado e nacional de imunizações, o aleitamento materno, o acompanhamento do peso e a melhora do atendimento às doenças respiratórias explicam o fato de as crianças brasileiras estarem mais altas, avalia a Sociedade Brasileira de Pediatria. "As crianças brasileiras ficam um ano a menos doentes do que anteriormente em razão de todos esses fatores", afirma Romolo Sandrini Neto, presidente do Departamento Científico de Endocrinologia da entidade. "É por isso que defendemos o direito ao aleitamento por seis meses." Atualmente no Brasil a licença maternidade por este período é uma decisão facultativa das empresas.  O estudo mostra ainda que o brasileiro adulto está mais alto: as mulheres ganharam 3,3 centímetros entre 1989 e 2003, enquanto os homens aumentaram 1,9 centímetro no mesmo período. A tendência de crescimento é maior entre os meninos de 10 a 19 anos.

DIABETE  - Segundo o ministério, os indicadores de mortalidade no Nordeste são os piores, mas não foram divulgados números da região. No País, entre 1990 e 2006, o risco de morte por diabete passou de 16,3 por 100 mil habitantes para 24 por 100 mil. As mortes por doenças cardiovasculares, porém, sofreram uma queda de 20%, entre 1990 e 2006. A Sociedade Brasileira de Cardiologia destacou que a diminuição das mortes por doenças cardiovasculares, aquelas que mais matam no País, deve ser atribuída à melhora dos tratamentos e à queda do tabagismo. Em 1989, 31% da população fumava regularmente. Esse índice caiu para 16,3% em 2008. "Ao mesmo tempo em que ficamos contentes, há um aumento da obesidade e do diabete, o que é uma bomba relógio", disse Rui Ramos, diretor de promoção da saúde da sociedade. O diabete e a obesidade contribuem para as mortes por problemas cardiovasculares. Os especialistas consideraram "estranho" o ministério separar dos óbitos por problemas circulatórios das mortes por diabete. Isso porque a maioria dos diabéticos morre de problemas circulatórios. Questionada pelo Estado, a pasta reconheceu que entre os casos de mortes de diabéticos estão pessoas que tiveram como causa de morte doenças circulatórias associadas ao diabete. "Praticamente não temos no Brasil mortes causadas diretamente pelo diabete. Isso porque o sistema público de saúde distribui medicamentos e insumos contra a doença", diz Antonio Roberto Chacra, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

NÚMEROS

  • 75% foi a redução do déficit de altura entre as crianças com até 5 anos. Entre adolescentes de 10 a 19 anos, a queda foi de 70%
  • 43,3% das pessoas com mais de 18 anos que vivem nas capitais brasileiras estão acima do peso ideal
  • 20% foi o quanto caiu o número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil entre 1990 e 2006
  • 47,2% foi o aumento do número de mortes por diabetes entre os brasileiros, no mesmo período
  • 97,2% foi o quanto caiu a mortalidade entre crianças com até 1 ano, por doenças imunizáveis, no período entre 1980 e 2005.
FOLHA DE SÃO PAULO, 20 DE NOVEMBRO DE 2009   por Eugênia Lopes e Fabiane Leite



quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Jesus Cristo - by Lulu Santos

Logo que me tornei um discípulo de Jesus Cristo, fui ver o DVD do Lulu Santos, na minha opinião, o maior cantor e compositor POP do nosso país. Quando coloquei o DVD no aparelho, disse no meu coração: e aí Jesus, tá a fim de ouvir um som? E algo respondeu: preste atenção na letra.

Agora, desafio você a ler atentamente a letra dessa música, imaginando que Jesus é "Um certo Alguém". Lembro-me que quando a música parou, podia sentir o perfume de Cristo, a verdadeira Rosa de Saron, invadindo as minhas narinas. A sua presença foi tão real, que transbordei!

Um Certo Alguém - Lulu Santos

Quis evitar

Teus olhos

Mas não pude reagir

Fico à vontade então

Acho que é 

bobagem

A mania de fingir

Negando a intenção

Quando um certo alguém

Cruzou o teu caminho

E te mudou a direção

Chego a ficar

sem jeito

Mas não deixo de seguir

A tua aparição

Quando um certo alguém

Desperta o sentimento

É melhor não resistir

E se entregar

Me dê a mão

Vem ser a minha estrela

Complicação

Tão fácil de entender

Vamos dançar

Luzir a madrugada

Inspiração

Pra tudo o que eu viver

Quando um certo alguém

Desperta o sentimento

É melhor não resistir

E se entregar

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Diabo conseguiu!

Numa das cartas do Diabo a seu aprendiz, escrita em 1942, o tentador diz o seguinte: “O que queremos mesmo, e desejamos muito, é fazer com que as pessoas tratem o cristianismo como um meio; de preferência, é claro, como um meio para o seu próprio benefício”.1 Não foi preciso esperar a chegada do terceiro milênio para descobrir que o Diabo conseguiu realizar o seu intento com o maior sucesso possível. Essa é a arma da maior parte das igrejas neopentecostais. Elas não cobram o preço do discipulado; sequer mencionam tal coisa. Porém, oferecem as vantagens da fé: pensamentos positivos, destemor, sucesso empresarial, prosperidade, bens de consumo, longevidade e seus congêneres. Curiosamente, a estratégia satânica está enchendo o mundo com novos templos cristãos, e enchendo os templos cristãos com novos fiéis. O fenômeno é tal, que vários pesquisadores estão se dedicando ao assunto e escrevendo sobre ele.
No início de agosto, o caderno “Mais!”, da “Folha de São Paulo”, publicou a análise de José Arthur Giannotti, professor emérito da Universidade de São Paulo e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento: “O novo crente não mantém com a igreja e seus pares uma relação amorosa, não faz do amor o peso da sua existência. Sua adesão não implica conversão, total transformação do sentido de seu ser. Apenas assina um contrato integral que lhe traz paz de espírito e confiança no futuro. Em vez da conversão, mera negociação. Essa religião não parece se coadunar, então, com as necessidades de uma massa trabalhadora, cujos empregos são aleatórios e precários?”. Menos de quinze dias depois de Giannotti, foi a vez do escritor Carlos Heitor Cony: “Grande número de igrejas se apoia na atividade carismática, fazendo ou prometendo milagres instantâneos ou a curto prazo, bastando a fé em Jesus Cristo e o pagamento do dízimo” (“FSP”, 21/08/09, E16).
As demais igrejas evangélicas querem se proteger dessa generalização e, às vezes, encontram pessoas de fora que fazem isto por elas. É o caso do ombudsman Carlos Eduardo Lins da Silva, que critica as reportagens publicadas na “Folha de São Paulo”, que “deixaram de abordar aspectos fundamentais, como quais são os traços que distinguem a IURD de outras denominações evangélicas. Isso teria ajudado a evitar a percepção de alguns leitores de que a edição permitiu confundir a IURD com as demais” (“FSP”, 23/08/09, A8). Quando publicou as “Cartas do Diabo a seu Aprendiz”, há 67 anos, C. S. Lewis talvez não imaginou que acertaria em cheio. O Diabo conseguiu fazer as pessoas procurarem o cristianismo não em busca da justificação (aquela bênção primária que significa o perdão de Deus), mas em busca de algum proveito secular. Hoje, somos obrigados a ouvir certas pilhérias irreverentes e incômodas. Por exemplo, um guia mirim de Natal, no Rio Grande do Norte, ao apresentar a imensa catedral da Igreja Universal do Reino de Deus, disse ao turista: “Esta é a Casa da Moeda daqui...” (“O Globo”, 22/08/09, 24). A “Folha de São Paulo” (13/08/09) publicou no “Painel do leitor” a carta de Victor Medeiros do Paço: “Os fiéis que contribuem com o dízimo vão para o paraíso celeste, já os dízimos vão para os paraísos fiscais”. O próprio Carlos Heitor Cony também faz uma piada: “Maomé terminou rico, tão rico como o Sr. Edir Macedo, só que não vendia espaço na televisão, mas camelos”.
Contudo, assim como a sociedade brasileira precisa separar o trigo (as igrejas seriamente comprometidas com o evangelho) do joio (as igrejas comprometidas com o mercado da fé), os evangélicos e o povo em geral precisam separar a bem fundada e desinteressada crítica ao movimento neopentecostal da crítica motivada por interesses simplesmente empresariais. Por exemplo, o seriado que a Globo está gravando em Salvador conta a história de alguém que depois de se converter ao evangelho decide fundar a Igreja Evangélica do Tremor Divino e passa a desviar parte dos dízimos em benefício próprio (“FSP”, 19/08/09, E8).
ULTIMATO: Edição 321 - Novembro-Dezembro 2009





sábado, 7 de novembro de 2009

Pancada certeira ... em momento oportuno!

"POR QUE VOCÊ NÃO QUER IR À IGREJA?" escrito por Wayne Jacobesen e Dave Coleman, retrata a história sobre o verdadeiro sentido do amor de D´us. Vale a pena conferir este registro, que está por sinal, sendo bem oportuno para nossos dias... dias babilônicos!

" O plano de D´us, desde a criação, foi pensadp para trazer as pessoas a relação de amor que o Pai, o Filho e o Espírito Santo tem compartilhado ao longo da eternidade. Ele  não deseja nada mais além disso! Você sabe que D´us não é um ser impotente e distante que enviou seu Filho com uma lista de regras a obedecer e rituais a praticar. A missão de Jesus era nos convidar para o amor, para a relação com o D´us Pai descrita por ele. Mas o que fizemos? Transformamos a mensagem fundamental de amoe em uma instituição, em poder, em trabalho, em culpa, em conformismo e manipulação. Tudo isso soterrou o verdadeiro."

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A arte de ouvir - por Rubem Alves


De todos os sentidos, o mais importante para a aprendizagem do amor, do viver juntos e da cidadania é a audição. Disse o escritor sagrado: “No princípio era o Verbo”. Eu acrescento: “Antes do Verbo era o silêncio.” É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagarelar. Quem fala muito não ouve. Sabem disso os poetas, esses seres de fala mínima. Eles falam, sim. Para ouvir as vozes do silêncio. Veja esse poema de Fernando Pessoa, dirigido a um poeta: “Cessa o teu canto! Cessa, que, enquanto o ouvi, ouvia uma outra voz como que vindo nos interstícios do brando encanto com que o teu canto vinha até nós. Ouvi-te e ouvia-a no mesmo tempo e diferentes, juntas a cantar. E a melodia que não havia se agora a lembro, faz-me chorar...” A magia do poema não está nas palavras do poeta. Está nos interstícios silenciosos que há entre as suas palavras. É nesse silêncio que se ouve a melodia que não havia. Aí a magia acontece: a melodia me faz chorar.

Não nos sentimos em casa no silêncio. Quando a conversa para por não haver o que dizer tratamos logo de falar qualquer coisa, para por um fim no silêncio. Vez por outra tenho vontade de escrever um ensaio sobre a psicologia dos elevadores. Ali estamos, nós dois, fechados naquele cubículo. Um diante do outro. Olhamos nos olhos um do outro? Ou olhamos para o chão? Nada temos a falar. Esse silêncio, é como se fosse uma ofensa. Aí falamos sobre o tempo. Mas nós dois bem sabemos que se trata de uma farsa para encher o tempo até que o elevador pare.

Os orientais entendem melhor do que nós. Se não me engano o nome do filme é “Aconteceu em Tóquio”. Duas velhinhas se visitavam. Por horas ficavam juntas, sem dizer uma única palavra. Nada diziam porque no seu silêncio morava um mundo. Faziam silêncio não por não ter nada a dizer, mas porque o que tinham a dizer não cabia em palavras. A filosofia ocidental é obcecada pela questão do Ser. A filosofia oriental, pela questão do Vazio, do Nada. É no Vazio da jarra que se colocam flores.

O aprendizado do ouvir não se encontra em nossos currículos. A prática educativa tradicional se inicia com a palavra do professor. A menininha, Andréa, voltava do seu primeiro dia na creche. “Como é a professora?”, sua mãe lhe perguntou. Ao que ela respondeu: “Ela grita...” Não bastava que a professora falasse. Ela gritava. Não me lembro de que minha primeira professora, Da. Clotilde, tivesse jamais gritado. Mas me lembro dos gritos esganiçados que vinham da sala ao lado. Um único grito enche o espaço de medo. Na escola a violência começa com estupros verbais.

Milan Kundera conta a estória de Tamina, uma garçonete. “Todo mundo gosta de Tamina. Porque ela sabe ouvir o que lhe contam. Mas será que ela ouve mesmo? Não sei... O que conta é que ela não interrompe a fala. Vocês sabem o que acontece quando duas pessoas falam. Uma fala e outra lhe corta a palavra: ‘é exatamente como eu, eu...’ e começa a falar de si até que a primeira consiga por sua vez cortar: ‘é exatamente como eu, eu...’Essa frase ‘é exatamente como eu...’ parece ser uma maneira de continuar a reflexão do outro, mas é um engodo. É uma revolta brutal contra uma violência brutal: um esforço para libertar o nosso ouvido da escravidão e ocupar à força o ouvido do adversário. Pois toda a vida do homem entre os seus semelhantes nada mais é do que um combate para se apossar do ouvido do outro...”

Será que era isso que acontecia na escola tradicional? O professor se apossando do ouvido do aluno ( pois não é essa a sua missão?), penetrando-o com a sua fala fálica e estuprando-o com a força da autoridade e a ameaça de castigos, sem se dar conta de que no ouvido silencioso do aluno há uma melodia que se toca. Talvez seja essa a razão porque há tantos cursos de oratória, procurados por políticos e executivos, mas não haja cursos de escutarória. Todo mundo quer falar. Ninguém quer ouvir.

Todo mundo quer ser escutado. (Como não há quem os escute, os adultos procuram um psicanalista, profissional pago do escutar.) Toda criança também quer ser escutada. Encontrei, na revista pedagógica italiana “Cem Mondialità” a sugestão de que, antes de se iniciarem as atividades de ensino e aprendizagem, os professores se dedicassem por semanas, talvez meses, a simplesmente ouvir as crianças. No silêncio das crianças há um programa de vida: sonhos. É dos sonhos que nasce a inteligência. A inteligência é a ferramenta que o corpo usa para transformar os seus sonhos em realidade. É preciso escutar as crianças para que a sua inteligência desabroche.

Sugiro então aos professores que, ao lado da sua justa preocupação com o falar claro, tenham também uma justa preocupação com o escutar claro. Amamos não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A escuta bonita é um bom colo para uma criança se assentar...