quarta-feira, 8 de setembro de 2010

"Ganho Desonesto"

Em razão de sua elevada posição e visibilidade, os maiores líderes profissionais e empresariais do mundo, freqüentemente estão nos noticiários. Quando suas empresas apresentam lucros significativos, anunciam inovações tecnológicas ou produtos que traçam novos caminhos, ou realizam grandes aquisições, esses CEO’s são repentinamente colocados sob os holofotes da mídia. Mas nem sempre tais notícias são as melhores.
Com freqüência ouvimos e lemos relatos depreciadores sobre falta de ética, manipulação de dados financeiros, sonegação de impostos, uso de informações privilegiadas, negócios enganosos para clientes, manobras desleais para obter vantagens competitivas, relatórios de despesas falsas ou excessivas. A lista poderia ir longe...
A questão é para alcançar seus “15 minutos de fama” (como disse aos atrás certo observador da sociedade), você não gostaria que esse reconhecimento se concentrasse sobre suas realizações positivas, ao invés de focar sobre relatos de deficiências morais ou éticas? Você não gostaria que o balanço final de sua carreira resultasse em algo digno de admiração, em vez de torná-lo objeto do ridículo e do desprezo?
Certamente que todos preferimos ser conhecidos por comportamentos e performances positivos e louváveis. Mas, como podemos ter certeza de que assim será? Que passos podemos adotar para evitar os tropeços e armadilhas da ambição mal dirigida e descuidada, da avidez e do engano?  Não existe uma resposta única e simples para essas questões, considerando em particular, o cotidiano profissional e empresarial, complexo e fértil em oportunidades para atalhos éticos ou uso indevido para vantagem pessoal, das circunstâncias com que nos deparamos. Entretanto, uma salvaguarda pode ser encontrada, na busca de uma visão de longo prazo para nossas ações e planos. Será que a estratégia aparentemente vantajosa e atrativa no presente, permanecerá igualmente interessante no futuro, depois que as ramificações dessa decisão forem reveladas? Em outras palavras, poderiam essas “recompensas” imediatas, ter mais tarde conseqüências devastadoras para nós e para terceiros? O antigo livro de Provérbios nos fala sobre isso:
Os fins e os meios devem estar acima de qualquer suspeita. Às vezes, consideramos prontamente quaisquer meios, no afã de atingir nossos objetivos, mesmo que sejam questionáveis, quando são óbvia e incontestavelmente errados. O emprego de meios duvidosos pode facilmente resultar em grande perda – nosso sustento, carreira profissional, família, amigos, reputação e muito mais. “Tal é o fim de todos os que vão atrás do ganho desonesto; ele toma as vidas daqueles que o obtêm” (Provérbios 1.19).
O impacto a longo prazo pode frear a imprudência. Se pensarmos apenas naquilo que queremos, e para já, nossas decisões serão bem diversas das que tomamos quando temos em mente, primeiramente, os melhores interesses de outras pessoas. “O governador tirânico carece de discernimento, mas os que odeiam o ganho desonesto desfrutarão de uma vida longa” (Provérbios 28.16). Prudência no presente pode significar recompensas no futuro. Se formos cautelosos em nosso modo de vida pessoal e profissional, considerando cuidadosamente o impacto final de nossas ações, a probabilidade de agirmos de forma errada e algum dia termos que pagar por nossos erros fica enormemente diminuída. “Quem procede com integridade viverá seguro, mas quem procede com perversidade de repente cairá” (Provérbios 28.18).
Por Robert J. Tamasy - Maná da Segunda

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se tenta...dando pé a gente põe!