sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Think About it : "Maus pastores/más palavras; bons pastores/boas palavras?

Na igreja várias vezes eu ouvi afirmações do tipo: "não existe palavra (ou pregação) ruim"/"não existe pastor ruim, você é que não estava sintonizado espiritualmente".  Acho que muitos já devem ter cruzado afirmações como essas e, para mim durante um certo tempo, isso ressoava como uma culpa. Me sentia culpado por não estar no nível espiritual daqueles que haviam gostado da pregação. Me sentia até mal por falar que não havia gostado da palavra, ou de que o pregador estava equivocado em algumas passagens. Podia ser acusado de "pobre pessoa", que não ouviu a voz do Espírito. Bom, de qualquer forma já passei essa fase de culpa e acho sim que nosso dever enquanto cristãos é avaliar tudo à luz da bíblia, e se algo não estiver 'cheirando' muito bem, é nossa função estudar e debater tal ponto. Não devemos simplesmente engolir tudo o que nos empurram goela abaixo. Temos que filtrar o que ouvimos, sem deixar o Espírito Santo de lado é claro, mas com um espírito (este humano mesmo) crítico. Neste sentido eu li um texto de Vicent Cheung muito interessante. Abaixo uma passagem. O estudo inteiro pode ser encontrado em http://monergismo.com/?p=2539. "Visto que a pregação envolve nossa própria expressão de ideias bíblicas, é ainda mais importante que aprendamos essas ideias com precisão, e que cuidemos para preservá-las e promovê-las sem contaminação, guardando-as com vigilância zelosa. Se a pregação é mera leitura da Bíblia ou se envolve apenas exegese rígida, então até mesmo não cristãos podem realizá-la. O que a Bíblia diz sobre as qualificações do ministro não fariam sentido então. Contudo, a qualidade da pregação de fato depende da qualidade do pregador, e isso é verdade porque pregar o evangelho não é apenas ler a Bíblia, mas digerir suas ideias e então transmitir e aplicá-las de uma forma que seja moldada pela formação, personalidade e competência do pregador, bem como pela audiência e a situação a qual ele se dirige. Na pregação, a Escritura não é simplesmente lida, mas “manejada” (2 Timóteo 2.15). Suas ideias são processadas, organizadas, reformuladas e aplicadas pelo pregador. E esse é o motivo pelo qual o pregador deve constantemente se purificar e se esforçar para crescer. Algumas instruções sobre homilética sugerem que a melhor pregação ocorre quando o ministro sai do caminho o máximo possível e permite que a Bíblia “fale por si mesma”. O método expositivo é então recomendado. Mas a melhor forma de alcançar esse efeito é fazer o ministro ler a Bíblia à sua audiência sem nenhum comentário. Isso, contudo, é ler e não pregar. A Bíblia ordena que preguemos. O ministro deve fazer contribuições decisivas para a forma e conteúdo do seu sermão. Pregar não é sair do caminho, mas sim estar bastante nele.
Nesse sentido, pregar não é deixar a Bíblia falar por si mesma, mas falar por ela. Muitos cristãos se sentem desconfortáveis com isso, mas na extensão em que nossa definição de pregação enfraquecer o papel humano, nessa mesma extensão ela também destrói a própria pregação, e também reduz a nossa responsabilidade na questão. Talvez esse seja o motivo pelo qual muitas pessoas favorecem tal definição em nome de permitir que a Bíblia fale por si mesma: faz-nos sentir como campeões da ortodoxia sem ter que assumir a responsabilidade."
Parte do texto: "Padrão para a pregação" de Vicente Cheung. Fonte: Reflections on Second Timothy Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto, julho/2010

Fonte: blog http://oracaovalente.blogspot.com/, RECOMENDO !

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