segunda-feira, 19 de abril de 2010

Blank Sheet

Blank Sheet (reflexão 19/04/2010)



A folha em branco, seja diante de uma máquina ou repousada sobre uma mesa, definitivamente, não é para qualquer um. Há quem pense que sim; simples rasuras e meia dúzia de pontuações espalhadas, na maioria das vezes equivocadas, se transformam em opinião, poesia ou textos que, por fim, adicionam valor ou tomam forma. Pura leviandade, diante da arte de escrever que, infelizmente, não vale para metade daqueles que acham que a detém.

Certa vez um grande amigo, companheiro de grandes batalhas sintetizou, acompanhado de uma boa chícara de café, claro, que para si bastava uma folha de papel em branco e uma ponta de caneta Bic. A certeza de algo que lhe pertencia e ninguém podia tirá-lo: o poder e a força de transpor suas ideias e sentimentos na arte da escrita. Isto posto, fato consumado, que está diretamente ligado ao ser, independente do ter. Alguém que tem o dom e a capacidade de suscitar dúvidas, abalar conceitos consagrados, eleger políticos e derrubar presidente. Conseguir vender o peixe e sair ileso da tradicional catinga dos pescados, que só ficam impregnados aos que não tem talento ao manuseio, nem mesmo a magia de transformar “lesma” em escargot, cobrando o olho da cara.

Por Daniel Argolo

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