sexta-feira, 28 de agosto de 2009

" O melhor da espiritualidade brasileira "


“Uma das questões refere-se à atual situação da Igreja. Os caminhos que a Igreja Evangélica vem trilhando no Brasil nos inquietam. A despeito do festejado crescimento (inflacionados pelos bons e velhos números evangélicos), a fluidez doutrinária, o desapego a ética, e a inversão de valores que sempre nos foram caros TRANSFIGURAM o conceito do que é ser evangélico. Os estragos já começaram a se fazer sentir. Envolvidos num ambiente de fortíssima concorrência, cuja audiência dominical é ansiada como um índice do IBOPE, pastores esmeram-se como grandes apresentadores de um show recheado de efeitos especiais e boa trilha sonora. A eloqüência da palavra, associada à exploração do emocional, faz do culto um circo, uma oportunidade única para a catarse. Reforçam o individualismo e jogam por terra a experiência comunitária, que outrora dava sentido único, ao ser parte de um corpo. . . gerando uma série de pessoas decepcionadas com a “graça”, “uma graça” que fundamentou-se na enganosa e falsa promessa de prosperidade em busca do grande, valorizando o extraordinário e exaltando o glamoroso pelo pragmatismo, onde o conceito de benção tornou-se sinônimo de sucesso. Queremos igrejas grandes, funcionais, ministérios bem sucedidos. A presença de D´us na vida não é reconhecida pela comunhão, pela amizade e pela adoração, mas pela capacidade produtiva, pelas experiências fantásticas, ela saúde física e pelo sucesso econômico. Tal estado de perplexidade em relação à Igreja, uma igreja evangélica muitas vezes irreconhecível e deformada, nos desafia a oferecer o contraponto. REFORMADORES?


Autor: Renato Fleischner - Ultimato

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